Open Talent: A nova dimensão do PJ

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    Christopher Toya

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O PJ sempre foi associado à precarização do trabalho, seja através do CLT disfarçado de PEJOTÃO ou do freelancer, também conhecido como bico. Por outro lado, a suposta estabilidade atribuída ao CLT caiu por terra, sobretudo com os últimos layoffs resultantes de dificuldades financeiras em diversos setores.

O grande fato é que, por mais que haja um significado quase místico atribuído ao trabalho, as relações não passam de um acordo comercial simples, que pode ser quebrado por ambas as partes a qualquer momento.

Da mesma forma, profissionais precisam enxergar além da relação de “propriedade” exercida pelos empregadores, que remetem à revolução industrial.

A relação de trabalho exclusivo está com os dias contados

O modelo de trabalho atual remete ao século 18, chegando praticamente a uma relação de propriedade do trabalhador em relação ao empregador, através da venda de 100% da sua carga horária disponível.

Essa concentração de renda é perigosa, afinal, no caso de uma rescisão, o profissional perde 100% da sua receita, condição que nunca seria admitida em nenhum modelo de negócios empresarial.

Ao mesmo tempo, a subida do custo de vida e a instabilidade econômica pressionam o modelo tradicional, ao passo que novas tecnologias acabam por aumentar o potencial de geração de valor de um profissional.

Open Talent, escala para profissionais altamente especializados

Acompanhando a evolução dos modelos de trabalho propiciados principalmente pelo avanço tecnológico, chegamos a uma incompatibilidade entre potencial de geração de valor por profissionais altamente especializados e capacidade de absorção dos mesmos no regime fulltime.

Por isso, o Open Talent tem sido visto como alternativa para que executivos sênior ou mesmo profissionais de nível tático escalem seus ganhos atuando em múltiplos contratos recorrentes.

Para empresas em crescimento, faz mais sentido contratar uma fração de um profissional especializado, do que 100% de alguém com menor expertise e que, no final, faria uma entrega inferior.

Ao mesmo tempo, o balanceamento de receita entre múltiplos contratos gera um nível de estabilidade bastante superior ao CLT tradicional, afinal, é improvável que um profissional seja demitido de todas as suas posições.

Naturalmente o modelo Open Talent não pode ser enquadrado no modelo CLT, exigindo que o prestador opere através de um CNPJ, porém, sem as complexidades de uma empresa tradicional.

Não venda carga horária

A maioria das pessoas está habituada a vender carga horária, no entanto, esta modalidade penaliza a eficiência profissional.

Os contratos Open Talent devem ser pautados pelo escopo da atuação e pela entrega de valor, e naturalmente tem a relação carga horária x geração de valor otimizada ao longo do tempo.

É por isso que boa parte dos profissionais sêniores que aderiram ao modelo relatam, além do incremento de renda, um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Como conseguir oportunidades Open Talent?

Trabalhadores interessados em aderir ao modelo Open Talent tem diversas opções para geração de demanda.

No modelo mais tradicional, a adesão aos diversos marketplaces de mercado é algo a ser considerado. Embora haja uma comissão de intermediação, geralmente a relação é mais favorável que a atuação numa consultoria convencional.

O surgimento das DAOs, Organizações Descentralizadas Autônomas, prometem revolucionar o modelo Open Talent, através da múltipla geração de demanda e a criação de estruturas de apoio mútuo capazes de acelerar o crescimento pessoal e profissional dos envolvidos.

As perspectivas são boas e os movimentos nesta direção crescem a cada dia.

No Brasil, o movimento é liderado pela Opental, uma plataforma de conteúdo e educação formada a partir de uma DAO de Executives as a Service, a EaaS, você pode saber mais acessando Opental.

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Este artigo foi escrito por

Christopher Toya
Carteira de trabalho em branco, empreendedor em tecnologia há mais de 25 anos, foi um dos pioneiros no CTO as a service no Brasil. É sócio de operações nas áreas de tecnologia e venture capital, Linkedin Creator e CEO da Opental, um ecossistema global de open talent baseado em Value Economy.